Todo início do ano fazemos promessas para melhorar a relação com o nosso dinheiro, mas antes da metade do ano nosso plano já foi por água abaixo.
Você sabe por que isso acontece?
Para ter um ano com mais dinheiro na conta, é preciso mudar o jeito como você se relaciona com o seu dinheiro.
Hoje vamos falar como, aos poucos, a mudança dos nossos hábitos pode ajudar a melhorar a relação com o dinheiro.
Normalmente no início do ano as pessoas decidem que irão guardar um montante muito além do que realmente podem. Com isso, criamos uma meta tão grande que é difícil de alcançar. Temos que começar com pequenas metas, com objetivos realistas.
Sem passar por todos os degraus necessários, é impossível chegar ao fim da jornada. É muito importante ter clareza do que você quer conquistar e, mais do que isso, é importante criar mecanismos para não desanimar no meio do caminho.
O perfil do poupador brasileiro, por exemplo, demonstra que o exercício de pensar em longo prazo não é algo da nossa cultura. De acordo com pesquisa realizada pelo Banco Mundial em 2014, compilada por José Roberto Rodrigues Afonso, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, apenas 3,6% dos brasileiros acima de quinze anos economizam pensando na velhice.
Dados do SPC e da CDL revelam que 46% das pessoas não sabem o valor exato de contas simples (como água, luz, aluguel e telefone) e que 53% desconhecem a própria renda mensal.
Saber lidar com dinheiro exige disciplina, comprometimento e uma grande mudança de mentalidade. E, por mais que pareça fácil, é difícil realizar um objetivo (meta) de longo prazo se você gasta todas as suas energias no começo do ano e não exercita aos poucos a mudança de hábitos e a forma como se comporta com o seu dinheiro.
Temos, enquanto país, uma grande deficiência cultural quanto à educação financeira, o que fez com que o brasileiro se acostumasse a achar normal parcelar tudo e não colocar na ponta do lápis os custos reais que temos. O problema é que essa falta de conhecimento sobre finanças, junto com o apelo emocional ao consumo, faz com que milhares de brasileiros tomem decisões prejudiciais às suas finanças pessoais. E, na maioria das vezes, sem reflexão alguma.
É essencial entender que a mudança de atitude e a criação de novos hábitos será benéfica no médio e longo prazo. Cortar excessos, reduzir o consumismo, fazer renda extra são algumas formas de sair das dívidas. Além disso, é importante passar a estabelecer metas e realizar planos para o futuro.
Abaixo indico algumas atitudes que devemos transformar em hábitos para que a nossa relação com o dinheiro se torne mais saudável e menos difícil:
– O primeiro hábito que devemos criar é saber realmente quanto ganhamos e quanto gastamos por mês. E isso inclui todos os gastos diários, pois muitas vezes esses são os maiores desperdícios que temos no nosso dia a dia e não nos damos conta porque ficamos sem dinheiro no final do mês.
– O segundo hábito é verificar como está o seu estilo de vida e se é necessário revisá-lo para se adaptar a sua realidade. Então quando os amigos chamam para um happy hour ou para realizar uma viagem, comece a pensar se você realmente pode ir nesses eventos. Esse hábito de analisar cada saída e cada evento pode ser importante na redução dos seus gastos, caso esteja em excesso.
– O terceiro hábito é colocar metas para os seus gastos, pois assim saberá exatamente quanto pode gastar em cada área da sua vida e quanto poderá economizar. E assim começar a investir para realizar os seus objetivos!
É preciso entender que quando estamos lidando bem com o nosso dinheiro, isso nos permite usufruir coisas que vão além do essencial para sobreviver. Isso torna nossa rotina muito mais prazerosa, leve e abre caminho para que exploremos novas oportunidades, lugares, hobbies e experiências!!
Que esse ano seja um ano que as pessoas comecem a falar sobre dinheiro e se sintam bem com essa relação!!
Bárbara Bravo
Engenheira e Coach Financeira
Instagram: @bravofinancas
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