Você já ouviu falar sobre pessimismo defensivo? Acredito que sim, só que com outra nomenclatura. Esta desordem psicológica é também conhecida como Síndrome do Impostor. Ela não é classificada como uma doença mental, mas é bem comum a sua ocorrência e hoje, está sendo muito pesquisada e estudada.
Sua manifestação apresenta sintomas de outros tipos de transtorno como o da ansiedade e da depressão e afetam diretamente a autoestima.
Os estudos trazem informações que apontam que sua ocorrência tem aumentado significativamente em pessoas que têm profissões onde a competitividade e exposição a avaliações regulares é constante, como artistas, modelos, executivos de empresas, médicos, enfermeiros, área comercial e até na área educacional.
Esta síndrome é mais comum em pessoas que estejam em posições profissionais de destaque, onde estejam expostas a críticas, comparações e julgamentos relativos ao desempenho e produtividade. É fato que algumas pessoas são mais suscetíveis e inseguras diante de críticas, absorvendo mais que outras o apontamento das falhas. Mais do que sentir-se inseguro, ela leva a pessoa a ser incapaz de internalizar o sucesso. A pessoa sente que tudo que realiza é insuficiente e que os resultados, caso positivos, são ocasionados apenas por sorte.
Existem gatilhos nesta síndrome que normalmente estão associados a promoções, funções de liderança recém assumidas, ou outras situações que levem a uma maior exposição e visibilidade.
Mas como podemos identificar os sintomas ou determinados comportamentos recorrentes?
Normalmente as pessoas que sofrem com esta desordem apresentam comportamentos associados e não apenas um deles. Então ligue o alerta se você conhece alguém com mais de três dos citados abaixo:
!. Esgotamento e ansiedade constantes não importando o tamanho da tarefa. Trabalha em excesso e busca a perfeição, nunca se satisfazendo com os resultados, acreditando que sabe menos sobre o assunto que os demais.
2. Procrastinação e adiamento de entregas para não ser julgado ou criticado. E comum vê-los deixando todo o tipo de tarefas para o último momento.
3. Autossabotagem é comum já que acreditam que jamais serão bons o suficiente e que aparecerá alguém para desmascará-los e expô-los na frente de um grupo de pessoas. Se enxerga como um fracassado.
4. Comparação com os demais é algo recorrente. Eles mesmos se comparam e invariavelmente se classificam como incompetentes e farsantes que não merecem ocupar o lugar que ocupam. Eles tiram o próprio mérito.
5. Medo exacerbado de exposição levando-os a escolher atividades e tarefas de menor complexidade para que os demais nem os percebam. Assim evitam julgamentos e avaliações.
6. Desejo de agradar a todo momento. Se anulam para serem aceitos pelo grupo ao qual pertencem. Exageram em ações para alcançar a aprovação e podem se colocar em situações constrangedoras e humilhantes para serem aceitos.
Caso seja identificado alguém com este perfil, a recomendação é que a pessoa busque profissionais de Psicologia e realize sessões com foco na identificação de suas potencialidades, internalizando uma imagem real da capacidade que possuí. Será também direcionado a realizar atividades que diminuam a ansiedade, como meditação, Yoga, exercícios físicos entre outras atividades de lazer que tragam prazer e alegria.
Será orientado a buscar alguém que confie, um amigo, para trocar ideias e impressões sobre as tarefas, formas de execução e para compartilhar suas inquietações e angústias.
Por fim, ações simples como evitar a comparação com outros e entender que defeitos todos possuem, bem como qualidades, pode ser um bom começo. A aplicação de ferramentas de autoconhecimento por profissionais habilitados é uma poderosa fonte de ajuda e de planejamento de autodesenvolvimento.
Deseja explorar um pouco mais o tema? Entre em contato com….
Yasmin Pimenta
Psicóloga e Coach
CRP 18562
Celular : 21 969319300
Instagram : @psicologayasminpimenta
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