Quando ser tudo para todos te faz esquecer de ser você.
Você se reconhece além dos papéis que ocupa?
No último artigo olhamos para a importância de cuidar de quem cuida, olhar para você com autocompaixão. Mas isso não é uma tarefa simples, pois a vida não para durante o tempo em que reorganizamos os papéis e organizamos as prioridades. Enquanto você é Mãe, empreendedora, parceira, cuidadora, gestora do lar, amiga, filha…, onde está você?
Entre a maternidade e o negócio, muitas mulheres se afastam de quem eram e nem percebem. O autoconhecimento não é um capricho — é um caminho prático para viver com mais presença, fazer escolhas conscientes e cuidar melhor da própria energia.
A rotina de mulheres que empreendem e maternam costuma ser intensa, exigente e cheia de decisões. Há sempre algo urgente, sempre alguém que precisa de você. E, sem perceber, você vai se afastando de si mesma. Vai esquecendo o que gosta, o que sente, o que sonha para você. O cuidado com o outro vira prioridade, enquanto o cuidado consigo vira luxo. Mas será que precisa ser assim?
Vivemos em uma cultura que exige alta performance, produtividade e entrega constante, que muitas vezes coloca o descanso e se priorizar como itens desnecessários. Quando se é dona do seu próprio negócio, então, parece exigir uma versão “imparável” de nós mesmas.
A sobreposição do maternar enquanto gerencia uma empresa e diversas outras áreas da vida pode ser tão intensa e desafiadora a ponto de levar as mulheres a se perderem de si. Não continue ignorando quem você é.
Continuar se anulando ou se deixando para segundo plano leva a uma desconexão de você e perda da sua essência, Pense um pouco: Como seguir sendo criativa, construindo estratégias de negócios ou uma rotina familiar adequada e favorável quando a mulher que orquestra toda essa dança está exausta, confusa ou invisível até para si mesma?
Que tal resgatar a mulher por trás da mãe e da empreendedora?
Por que nos perdemos de nós mesmas?
A necessidade de provar que você é capaz de dar conta, a não identificação do cansaço, das suas emoções e dos sinais que o seu corpo dá que é preciso desacelerar, a cultura que insinua que mulheres são multitarefas, a insistência em sempre fazer um pouco mais, a necessidade de provar para você mesma e principalmente para os outros que você é capaz, são alguns pontos que levam a sobrecarga e a perda da identidade pessoal.
Quando você coloca toda sua energia na sua empresa e no cuidado dos outros falta espaço para se escutar, se acolher e se permitir conhecer essa versão de você que nasceu ao passo que nasceram os filhos e os negócios. Quais novas características suas passam despercebidas, quais os desejos pessoais e necessidades não atendidas estão escondidas por baixo da máscara de alta performance? O modo execução tira espaço da autoconexão e da presença e a culpa acaba bloqueando sua necessidade de se reencontrar.
Você não precisa desaparecer para dar conta.
O que o autoconhecimento muda na vida de uma mãe empreendedora?
Uma das definições para autoconhecimento é “ Processo contínuo e profudo de compreensão de si, que envolve a consciência e a exploração dos pensamentos, sentimentos, valores, habilidades e motivações”
Gosto bastante dessa definição, que reforça a ideia de processo contínuo, algo que não termina, que muda, evolui conforme a vida muda, conforme as coisas acontecem nele cabe a ideia de que a pessoa que você era antes de começar a empreender ou a maternar pode se modificar. A forma de pensar, agir, sentir, suas crenças, motivações, e o modo automático de execução é inimigo da consciência.
O Autoconhecimento te ajuda a:
• Estabelecer limites;
• Tomar decisões com mais clareza;
• Fortalecer a autoconfiança;
• Ter mais presença em cada um dos papéis que você exerce;
• Ter autocompaixão;
• Preservar sua saúde física, espiritual e mental;
• Manter a autenticidade no seu negócio;
• Dizer não sem culpa;
• Reconectar-se com seus valores, sonhos e desejos;
• Resgate da autoestima além dos resultados.
Ele te retira do piloto automático e da reatividade, te conduzindo a tomadas de decisões conscientes, alinhadas com quem você é de verdade.
Pequenos começos: como cultivar o autoconhecimento mesmo com uma rotina intensa.
• Exercício de escuta interna: “O que estou sentindo agora?”
• Pequenas pausas para respiração em 4 tempos.
• Diário emocional ou journaling.
• Descanso programado (Coloque seu descanso na agenda para não deixar passar)
• Terapia, grupos de apoio, mentorias femininas.
• Conectar-se com outras mulheres.
• Frases de afirmação. “Eu me aceito, eu me acolho, eu estou aqui por mim”
• Pergunte-se diariamente: “O que eu preciso hoje?”
• Escreva sobre si: um diário de pensamentos, emoções e reflexões.
• Observe seus gatilhos: o que te irrita, cansa ou inspira.
• Dedique momentos de silêncio — mesmo que curtos.
• Busque apoio profissional ou em grupos de mulheres.
Lembre-se: Você não precisa de muito tempo. Precisa de espaço interno.
Quando se conhecer vira um presente que transborda
Esse artigo é um convite para você olhar para dentro e se apresentar para você mesma, como mãe, mulher, filha, amiga, parceira e empreendedora.
Elimine as comparações, cobranças excessivas, aprenda a colocar limites e se respeitar, a mudança que você procura, começa por você. Nutrir-se de autoconhecimento ajudará você a florescer.
Vamos começar?
Se você leu até aqui, esse é o seu lembrete: você também merece ser presenteada com você mesma. Que tal escrever uma carta para a mulher que você está se tornando?”
Você pode iniciar com a seguinte pergunta: “Quem sou eu — além das entregas, das demandas e dos outros?”
Com Carinho, Fabíola Souza
Fabíola Souza
Pedagoga – Especializada em Gestão de Pessoas
Whatsapp: 21 98716-7613
[email protected]
@fabisouza.maternarconsciente
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