Fabíola Souza

Eu sou Fabíola Souza, mãe , esposa, filha, profissional , mulher , sigo buscando o equilíbrio entre a maternidade real e todos os outros papeis que quero e preciso exercer, consciente que não preciso dar conta de tudo.

Formada em Pedagogia pela UERJ, com especialização em Gestão de Pessoas ao iniciar minha jornada na área da educação percebi uma grande necessidade de aprofundar meus conhecimentos nos processos de aprendizagem, para isso busquei uma especialização em psicopedagogia.  E como os processos de aprendizagem, a educação, a infância estão em constantes mudanças, não parei mais de estudar. Nesses 12 anos de atuação me aprofundei em Neurociência e Aprendizagem, Alfabetização multissensorial, Educação socioemocional e Desenvolvimento infantil.

Ainda assim não foi o bastante, faltava algo que fosse um elo entre auxiliar na aprendizagem e desenvolvimento das crianças e alcançar as famílias e ao iniciar minha atuação como professora no município do RJ, essa percepção que era necessário suporte e participação ativa das famílias para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem infantil foi acentuada. Somando minha experiência profissional e as transformações trazidas pela maternidade busquei a Educação Parental com o intuito de preencher essa lacuna tendo base e ferramentas para fortalecer famílias possibilitando que elas consigam favorecer o pleno desenvolvimento dos seus filhos.

Somando minha vivência profissional com toda a sensibilidade que a maternidade me trouxe fui em busca da Educação Parental na formação em terapeuta emocional de famílias. Em paralelo a isso com todo esse processo pude confirmar algo que já me chamava a atenção há um tempo, o quanto as mulheres/mães são solitariamente responsabilizadas pelos cuidados dos filhos, ouso dizer que 99% das necessidades deles ficam sob os cuidados exclusivos das mães, gerado um desequilíbrio nas relações parentais, além disso muitos profissionais não sabem lidar com as mães que estão cada vez mais sobrecarregadas. 

Não adianta apenas questionar “Quem cuida de quem cuida?“ e não ter uma real movimentação de pessoas, instituições e espaços sociais para que esse cuidado realmente aconteça. Esse cuidado precisa começar de dentro para fora, a Educação Parental é a ponte para a construção desse caminho.

A maternidade abriu um mudo de possibilidades que eu jamais imaginei, possibilidades de desenvolvimento profissional, pessoal, relacional.  Quando me descobri mãe diferente do que é pregado socialmente eu convidei a culpa para descansar e me muni de autoconhecimento para desbravar o universo materno e buscar compreender formas de não permitir que a sobrecarga, o cansaço e a falta de acolhimento e suporte materno me fizessem sentir amar meu filho, mas não amar a maternidade. Ao enxergar esse caminho fiz  disso um proposito, ajudar outras mães nessa jornada, pois dentre tantos desafios maternos , outro muito comum e difícil é lidar com tanto julgamento e quase nenhum suporte, poder ser rede de apoio para outras mães é um propósito pessoal e profissional.

O amor pela primeira infância veio antes da maternidade, mas passar por todo o processo da pré-concepção, uma vez que ser mãe foi uma escolha e um processo planejado, pude fazer todo o passo a passo que é recomendado preparando meu corpo e minha mente para esse momento e vivenciar a gestação e todos o desenvolvimento do meu filho só me fez ter a certeza que é preciso cuidar e defender a infância, além de  propagar essa ideia para as famílias, escolas, espaços de socialização e todos os profissionais que trabalham com famílias e crianças. Essa experiencia fez com     que eu passasse a me dedicar cada vez mais aos estudos sobre saúde materno-infantil e desenvolvimento infantil criando projetos e formações para profissionais que atuam com primeira infância e desejam saber como favorecer as potencialidades infantis com conhecimento e estímulos adequados para cada faixa etária.

A maternidade é minha potência, meu combustível e grande motivador , sem dúvidas tem me transformado na minha melhor versão diariamente.