Colunista, Maria Eugênia Damaceno

Você sabe o que é Sexualidade???

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O que é Sexualidade para você?

Muitos pensam que é só o ato sexual ou suas preliminares. Mas não é. A sexualidade humana é um dos pilares fundamentais da psique humana, que influencia diretamente não apenas o desenvolvimento individual do ser, mas também em todas as práticas cotidianas que permeiam a construção da sua personalidade, influenciando diretamente nos gostos, decisões e comportamentos por toda sua vida.

Origina desde a concepção e desenvolvimento do ser no ventre materno ou em vitro, relacionados aos seus instintos e pulsões. A sexualidade é uma força motriz no comportamento humano. Que pode nos levar à vida ou à destruição (morte).

Também, consiste em uma conceituação complexa e que perpassa as relações históricas, integrando todos os seres humanos e sendo representada conforme a cultura e o momento histórico em que se está inserida. O desenvolvimento da sexualidade e como ela é digerida e absorvida é diferente para cada pessoa.

Hoje, vamos falar da Sexualidade Feminina?

Sabia que ela abrange uma ampla gama de questões, sobre o sexo feminino, seus desejos e comportamentos sexuais, que permeiam seus diversos aspectos: filosóficos, psicológicos, sociais, culturais, espirituais, políticos e religiosos?

Como tudo isso funciona e influencia em toda vida feminina em sua saúde sócio/psico/mental/fisio/biológica?

Na maioria das sociedades, há limites legais sobre quais comportamentos sexuais são permitidos. A sexualidade varia entre as culturas e regiões do mundo, e tem mudado continuamente ao longo da história, e isto aplica-se igualmente à sexualidade feminina. Aspectos que incluem questões relativas à gravidez, sexo biológico, imagem corporal, autoestima, personalidade, orientação sexual, valores e atitudes, os papéis de gênero, relacionamentos, opções de atividades e comunicação.

A sexualidade surge como um ponto central nas dinâmicas inconscientes influenciando sintomas, escolhas e relacionamentos diversos.

Sintomas esses que geram muitos problemas psicológicos e até físicos, levando à disfunções na sexualidade feminina como: Vaginismo, Colpite ou Vaginite, Mamas Doloridas, Transtornos de Ansiedade e até Obsessivos Compulsivos, Depressão, Dores Pré-Menstruais, Enxaquecas, Anorexia, Depressão Pós Parto, Frigidez, etc.

Temos necessidades diferentes nas fases da sexualidade desde que somos feto até a nossa morte e isso deveria ser feito de maneira mais natural e saudável possível para todos os sexos. Compreender essas dinâmicas leva a mulher a ter uma vida com mais qualidade, pois descobrirá como fazer escolhas mais conscientes, mais significativas e assertivas em seu dia a dia.

Precisa aprender para criar sua própria identidade, já que a identidade feminina ainda é construída pelo olhar do homem. A mulher não é ela mesma, mas outro em relação ao homem, tornando o seu objeto.

O relacionamento entre os dois sexos, infelizmente, ainda não é uma relação de reconhecimento recíproco e igualitário, no qual as duas consciências se relativizam mutuamente. Devido à isso, houve o adoecimento tanto do feminino quanto do masculino, criando uma hierarquia entre eles que não deveria existir.

Como a mulher não constrói e edifica a sua liberdade da fala e do olhar do homem, não representa o homem como o seu outro, estando sempre assujeitada a ele, o que a leva a não conseguir sair da sua posição de objeto. Ela permanece enredada na biologia, prisioneira da espécie e, por isso, à mercê das construções culturais sobre a essência do feminino.

Onde qualidades, valores e modos de vida especificamente femininos, seria admitir a existência de uma natureza feminina e aderir a um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas. Não se trata para a mulher de se afirmar como mulher, mas de tornar-se um ser humano na sua integridade.

Precisa se conhecer melhor tanto no ponto de vista psicológico, como no anatômico e fisiológico. Avaliando e trabalhando as atitudes negativas em relação a sua sexualidade para poder desenvolver seu amor-próprio e sua autoestima em sua força e não em sua fraqueza; não para fugir de si mesma e sim se encontrar; não para se renunciar, mas para se afirmar, ser fonte de vida e não um perigo mortal, cheio de preconceitos, normas, regras, estigmas, etc.

E sim, somente ela em aceitação e interação consigo e com o outro, com a vida. Tornando-se realmente um Ser Feminino no mundo.