Segurança Psicológica nas Organizações – Equilíbrio, Saúde e Produtividade – por Yasmin Pimenta
Como sabemos, a construção de uma cultura de saúde mental na sociedade se tonou primordial.
A partir dos dados da Organização Mundial de saúde que trazem à luz que quase um bilhão de pessoas vivem com algum transtorno mental, como por exemplo a ansiedade, fica cada dia mais claro que não devemos ignorar o fato e sim agir o quanto antes.
Nas Empresas essa realidade não é diferente. Os transtornos mentais e comportamentais estão entre as maiores causas de incapacidade para o trabalho, levando ao afastamento do colaborador, concessão de auxílio doença e aposentadoria por invalidez (não relacionadas a acidentes de trabalho). Transtornos de ansiedade e episódios de depressão, encabeçam a lista dos motivadores, que somados chegam a 47% do total (dados da Secretaria de Previdência). Esse número sem citar os auxílios pagos, onde sem dúvida, o número seria mais alarmante. Um ponto que merece muita atenção pelo board das Empresas, é que grande parte destas ocorrências no trabalho, são originadas por atitudes inadequadas das lideranças. Não pode ser ignorado que ainda é comum encontrar líderes que praticam assédio moral, estimulam a competitividade nociva entre os colaboradores, incentivam o trabalho além do expediente, elaboram metas impossíveis de ser atingidas, lideram cultivando o ambiente de temor, entre outras práticas que afetam diretamente a motivação, o engajamento e a produtividade.
Algumas Empresas criam seus canais e comitês de ouvidoria ou compliance, mas o que tem sido questinado é a imparcialidade na tomada de medidas quanto a esses casos. Temos que olhar de forma realista que dificilmente os colaboradores denunciarão ou pedirão ajuda, pois têm medo de retaliação e até de uma possível demissão. Pesquisas revelam que alguns profissionais preferem pedir demissão nestes casos.
Ao longo da minha vida como Executiva de Desenvolvimento Humano e Organizacional, pude observar algumas práticas que podem contribuir para um ambiente corporativo opressivo:
- Comunicação agressiva ou inadequada
- Carga diária de trabalho excessiva
- Não valorização dos funcionários;
- Tarefas mal distribuidas
- Prazos curtos
- Falta de feedbacks ou feedbacks inadequados
- Metas não realistas
- Bullying
- Assédio moral
- Perda de confiança na liderança
- Insegurança
Tais condições fomentam riscos psicossociais e funcionam como gatilhos para desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade, síndrome do impostor, depressão e síndrome de burnout. Vale dizer que a Síndrome de Burnout já atinge 32% dos profissionais brasileiros. Você já passou por isso ou conhece alguém que vivenciou alguns dos problemas citados?
Por fim, vale acrescentar que esse ambiente laboral é contraditório com todo o discurso que as Empresas têm praticado ao longo dos anos, exigindo que as áreas de Desenvolvimento Humano e Organizacional atuem em seus indicadores, melhorando-os. Vejam alguns exemplos:
- Reduzir a taxa de turnover e absenteísmo
- Aumentar a produtividade através de programas;
- Aprimorar o clima organizacional ou o engajamento
- Reter talentos na empresa
- Aumentar a criatividade e a inovação…
Mas, práticas podem ser adotadas visando a diminuição do impacto na vida do trabalhador. Já estamos discutindo a relevância de se investir em Segurança Psicológica nas Organizações. Projetos estão sendo implantados por Empresas que verdadeiramente se preocupam com a saúde da força de trabalho e a melhoria do ambiente produtivo.
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Yasmin Pimenta
Psicóloga e Coach
CRP 18562
Celular : 21 969319300
Instagram : @psicologayasminpimenta
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