Há cerca de um mês atrás estávamos atolados nos inúmeros compromissos de uma vida moderna e agitada, tínhamos a sensação de que um dia com 24h não era suficiente para darmos conta de tantos compromissos e já aguardávamos ansiosamente o início efetivo (pós carnaval) do ano de 2020. Como de costume nos acompanhava aquela sensação eterna de cansaço, afinal o tempo parece nunca ser suficiente, nossos corpos sempre exaustos, nossa mente acelerada e a vida humana cada dia mais medicalizada.
Eis que então, de repente tudo mudou, agora a ordem é se isolar socialmente, os dias para alguns ficaram mais longos em termos de horas, porém não menos cansativo, afinal lidar com uma constante ameaça invisível e real, com notícias de números de mortes crescentes a cada dia em várias partes do mundo, uma bruta enxurrada de notícias negativas, fake news, desavenças políticas e tantas outras incertezas inerentes a um momento de pandemia, gera um desconforto emocional muito grande.
Além disso, ainda “perdemos o direito” temporário de ir e vir e estamos tendo que aprender a lidar com muitas mudanças significativas na nossa rotina, somadas as perdas financeiras, adaptação do trabalho (home office) e dos cuidados que antes podíamos terceirizar (casa, filhos etc). Diante desse novo cenário de crise, torna-se essencial repensarmos nossas prioridades, aprender a flexibilizar, diminuir a autocrítica e as demasiadas auto cobranças, afinal não precisamos de mais estresse e pressão nesse momento.
Um estudo publicado pela revista britânica Lancet abordou o medo e a solidão sofridos por aqueles que enfrentam uma quarentena como consequência do corona vírus, concluíram que os efeitos psicológicos negativos da quarentena incluem estresse pós-traumático, confusão, raiva, além de ansiedade. Os fatores que mais estressam as pessoas isoladas são não saber quanto tempo durará a quarentena, medo de serem infectados, frustração, tédio, suprimentos ou informações inadequados, possíveis perdas financeiras e que, ao sair, fiquem com o estigma da doença.
Esse clima de incerteza, de não sabermos o que irá acontecer no dia seguinte aumenta ainda mais a nossa ansiedade, intensificando ainda mais o sofrimento psíquico. Vale salientar que estar ansioso nesse momento é algo natural. Então, em busca de preservarmos nossa saúde emocional e minimizar todo esse estresse, ansiedade procure seguir as 10 dicas abaixo:
1. Comece organizando uma nova rotina (monte lista e/ou cronograma), contemplando as atividades importantes do dia a dia, mantendo o mesmo horário para acordar, comer e se exercitar, por exemplo;
2. Mantenha-se ativo, movimentar o corpo, fazer exercícios físicos mesmo durante o isolamento, ajuda a melhorar o humor, alivia a ansiedade, pois libera neurotransmissores como endorfina, serotonina;
3. Alimente-se de forma saudável e nos horários previstos;
4. Faça a dieta da informação, não deixe a TV ligada 24h em noticiário, procure se atualizar uma vez ao dia, evite excesso de grupos e acesso a redes sociais;
5. Utilize aquelas suas estratégias que traziam bem-estar quando tinha que lidar com situações emocionalmente difíceis antes da pandemia.
6. Exercite/treine a respiração diafragmática, ela ajuda a diminuir a ansiedade;
7. Isolamento social não significa distanciamento afetivo, mantenha contato com as pessoas que você ama e se preocupa, a tecnologia está aí para isso.
8. Foque no lado positivo, pensar que essa privação temporária e é para um bem maior e coletivo pode ajudar;
9. Inclua na sua rotina atividades relaxantes, como ouvir música, ou exercitar a meditação, respiração, gratidão ou oração.
10. Busque se concentrar naquilo que você pode efetivamente controlar, o que realmente depende de você, como por exemplo, os cuidados com prevenção, com sua saúde física e mental, ou seja, seguir todas essas dicas!
Nala Rizzo G. Alexandre
Atendimento Presencial e Online
Foco em Ansiedade
CRP:05/35288
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