O excesso de informação confunde, engana e paralisa. Nas últimas semanas temos visto na mídia aparecerem matérias, vídeos, “memes” e comentários variados sobre um conhecido programa de televisão, cujo nome é inspirado num clássico de George Orwell, 1984.
Os assuntos, é claro, são diversos, mas trago aqui a atenção ao aspecto alimentar, que vem intrigado profissionais da saúde, em dois assuntos principais: o primeiro relaciona-se ao ‘comer em excesso’ e o segundo, a ‘ chupar limão’ ao invés de alimentar-se.
O primeiro é o “caso do pão”, alimento ingerido por um dos participantes e que gerou críticas e ironias da esposa dele, conhecida por vender um programa de emagrecimento. Esse mesmo participante vem mostrado ocasiões de “comer demais”; também alvo de duras críticas por isso, comer mesmo sem gostar do alimento, comer de novo e de novo mesmo após já estar saciado.
O segundo caso é no extremo oposto: a participante que diz ”não como carboidrato, cortei esse mal da minha vida” e vive a chupar limão.
Precisamos falar sobre o terrorismo nutricional: esse que classifica os alimentos em bons ou ruins, esse que dá ouvidos para a cultura da dieta onde todos precisam emagrecer ou se sentir mal com seus próprios corpos. Já pararam para pensar quando é que foi que complicaram tanto o ato simples e sagrado de simplesmente comer?
Daí vem a primeira frase desse meu texto: O excesso de informação confunde, engana e paralisa. Confunde porque são tantas ‘verdades absolutas’ e ‘métodos inéditos’ que muitas vezes são completamente contraditórios que a pessoa leiga fica sem saber o que fazer. Engana, pois leva pessoas absolutamente saudáveis a se sentirem inferiores e culpadas; e paralisa, pois diante desse excesso de informação superficial não há tempo de se formar um conhecimento sólido, consciente, a fim de tomar uma decisão.
A essa altura você já deve imaginar que o “pão” não é o vilão na história. Comida nenhuma é vilã. Esse tipo de pensamento apenas fomenta o terrorismo nutricional, que, talvez você não soubesse, mas é um grande gatilho que leva ao desenvolvimento de transtornos alimentares (compulsão, bulimia, anorexia, entre outros) e à distorção da própria imagem.
Ao tentar se encaixar em padrões inventados e impostos nas redes sociais, pessoas perdem a saúde, a autoestima e a clareza mental. Não caia nessa armadilha. Podemos começar pelo básico: dormir bem, movimentar-se, ter contato com a natureza, beber água, comer comida de verdade, reduzir o stress e gerenciar a ansiedade.
O mais simples ainda é o mais importante.
Vivian Szterling
Nutrição Emocional e Comportamental
Terapia Holística para a Saúde Emocional da Mulher
Meditação e Hipnose clínica
(21) 99809 8161
@vivian_vivavida
Niterói RJ e On-line
Ana Beatriz
22/02/2022 às 10:31[email protected]
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